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sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Um despertar para o desejo


O que leva uma pessoa ter desejos? Aqueles escondidos bem no fundo da mente, os mais sórdidos, os mais safados, os mais interessantes de serem contados.

Era um dia de primavera esta eu conversando com um amigo, jogando papo fora num fim de tarde, falando da vida alheia (coisa muito boa de fazer), quando eis que surge uma menina amiga nossa com seus 19 anos, aquela idade em que o mundo é pequeno demais para a vontade de conquistá-lo, de descobri-lo, eu jurava que ela era evangélica, mas nunca tive coragem de perguntar, era uma escolha dela e eu não me interessava por sua religião e sim por sua amizade.
Ao se aproximar de nós ela abriu um sorriso daqueles que a gente não costuma ver sempre, daqueles que a gente gosta de ver, com um cumprimento tão espontâneo não poderíamos deixar de compartilhar nossa conversa com ela, eis que tínhamos mais um integrante em nossa conversa.
Dentre tantos assuntos discutidos chegamos ao que todo roda deveria ter, o tão adorado “sexo”, para instigar a conversa meu amigo começou a fazer comentários bem picantes sobre nossa companheira, ela por sua vez envergonhada ficou vermelha ouvindo tantas perguntas intimas serem disparadas em sua direção, mas em certo ponto não sei por que cargas d’água ela relaxou e começou a responder todas as perguntas, não me recordo ao certo quais eram (e mesmo que lembrasse não colocaria aqui).
A conversa não tinha um tom depravado nem de baixo calão, mas quando se fala de sexo algumas pessoas são retraídas em contar suas intimidades, eis que surge um comentário: “_você com essa cara de santinha toda certinha, deve ter uma roupa de couro e um chicotinho preparado, quando sai com seu namorado!”, nesse momento fiquei quieto, pois comentário tão incisivo, não seria apropriado para uma menina como aquela. Alguns segundos em silêncio, olhares indiretos, começos de sorrisos amarelos e a conversa acabou ali, mas uma coisa ficou clara aquele comentário entrou na cabeça daquela menina, talvez o pecado não estivesse em seu rosto, mas em sua mente ele estava adormecido. Esse é o problema, “os desejos que nem mesmo nós sabemos que temos”, milhares de pensamentos escondidos no fundo da alma esperando uma brecha, uma faísca, uma luz apontando no fim de uma alma para que todas saiam e domine um corpo necessitado de emoções, fantasias, satisfação...
Hoje não sei se ela usa chicote e roupa de couro, mas que aquilo mudou aquela menina há mudou. Quem sabe o mundo um dia não à conheça, não como a mulher do chicote (ou a Senhora Dominadora do Mal, como ela se intitula), mas como uma grande pessoa, que a partir de um simples desejo reprimido, descobriu que o mundo é feito de desejos, metas, prazeres e é do intimo do ser humano realizá-los de uma forma ou de outra!

Essa é em homenagem a minha amiga Uli.

Um comentário:

  1. Omy Dog!!!!! Cá estou eu.....Pessoal, só pra esclarecer, nós não estávamos falando de Sexo, pelo menos eu não, era o Juarez e o Aysllan!!!

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